O câncer de ovário é conhecido como um dos tipos de câncer ginecológico mais difíceis de detectar nos estágios iniciais, justamente por não apresentar sintomas claros até fases mais avançadas. No entanto, conhecer os fatores de risco e as formas de detecção precoce pode ajudar a salvar vidas, uma vez que, quando diagnosticado cedo, o câncer de ovário tem melhores chances de tratamento eficaz. Neste artigo, vamos explorar os sinais de alerta, os fatores que aumentam o risco de desenvolver a doença e as formas de acompanhamento preventivo.
O Que é o Câncer de Ovário?
O câncer de ovário se desenvolve nas células dos ovários, os órgãos responsáveis pela produção de óvulos e hormônios como estrogênio e progesterona. Existem três tipos principais de câncer de ovário:
- Carcinomas epiteliais: Representam cerca de 90% dos casos e começam nas células que revestem o exterior dos ovários.
- Tumores de células germinativas: Afetam as células que formam os óvulos e são mais comuns em mulheres jovens.
- Tumores estromais: Se desenvolvem nas células que produzem os hormônios femininos.
Embora o câncer de ovário possa se desenvolver de forma silenciosa, alguns sinais podem indicar o início da doença, especialmente em seus estágios mais avançados. A detecção precoce é o maior desafio, por isso o acompanhamento médico regular é essencial.
Fatores de Risco para o Câncer de Ovário
Embora qualquer mulher possa desenvolver o câncer de ovário, existem alguns fatores de risco que aumentam a probabilidade de ocorrência da doença. Conhecer esses fatores pode ajudar as mulheres a ficarem mais atentas e procurarem exames regulares.
- Idade
O câncer de ovário é mais comum em mulheres após os 50 anos, sendo o pico de incidência entre 55 e 64 anos. Entretanto, pode ocorrer em mulheres mais jovens, especialmente quando há histórico familiar.
- Histórico Familiar
Mulheres com um histórico familiar de câncer de ovário, câncer de mama ou câncer colorretal têm um risco aumentado de desenvolver a doença. A presença de mutações genéticas herdadas, como as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, também eleva significativamente o risco.
- Histórico Pessoal de Câncer
Mulheres que já tiveram câncer de mama ou câncer colorretal também apresentam um risco maior de desenvolver câncer de ovário.
- Terapia Hormonal Pós-Menopausa
O uso prolongado de terapia de reposição hormonal (especialmente com estrogênio isolado) após a menopausa pode aumentar o risco de câncer de ovário.
- Síndrome de Lynch
A Síndrome de Lynch, uma condição genética hereditária, aumenta o risco de vários tipos de câncer, incluindo o câncer de ovário.
- Infertilidade e Tratamentos de Fertilidade
Alguns estudos sugerem que mulheres que nunca tiveram filhos ou que usaram medicamentos para estimular a ovulação podem ter um risco ligeiramente maior de câncer de ovário.
Sintomas do Câncer de Ovário
O câncer de ovário muitas vezes não apresenta sintomas claros nos estágios iniciais, o que dificulta sua detecção precoce. No entanto, em estágios mais avançados, alguns sinais podem indicar a presença da doença. Os sintomas podem ser confundidos com problemas gastrointestinais ou outros distúrbios menos graves, mas se forem persistentes, é importante procurar um médico.
Sintomas Comuns Incluem:
- Inchaço ou aumento abdominal.
- Dor pélvica ou abdominal.
- Dificuldade para comer ou sensação de saciedade rápida.
- Necessidade frequente de urinar.
- Alterações no hábito intestinal, como prisão de ventre.
- Fadiga inexplicada.
- Perda de peso sem motivo aparente.
Se esses sintomas forem frequentes e durarem mais de algumas semanas, é essencial procurar um ginecologista para avaliação. A Dra. Vivian Gumy realiza exames de acompanhamento e investigações detalhadas em casos de sintomas suspeitos, garantindo um diagnóstico rápido e preciso.
Como Detectar o Câncer de Ovário Precocemente
Infelizmente, não existe um exame de rastreamento padrão para o câncer de ovário em mulheres assintomáticas, como ocorre com o Papanicolau para o câncer de colo de útero. No entanto, há exames que podem ser recomendados para mulheres com alto risco, como aquelas com histórico familiar de câncer ou mutações genéticas conhecidas.
- Exame Pélvico
Durante o exame pélvico, o ginecologista pode identificar qualquer anormalidade no tamanho ou formato dos ovários. Embora esse exame seja parte de uma rotina ginecológica, ele não é suficiente para detectar o câncer em estágios iniciais.
- Ultrassonografia Transvaginal
A ultrassonografia transvaginal é um exame de imagem que permite visualizar os ovários e o útero com mais precisão. Ele pode ajudar a detectar massas ou cistos anormais nos ovários. No entanto, ele não pode confirmar se uma massa é cancerígena, mas pode sugerir a necessidade de exames adicionais.
- Exame de Sangue CA-125
O exame do CA-125 mede os níveis de uma proteína que pode estar elevada em mulheres com câncer de ovário. Embora não seja um exame de rastreamento para todas as mulheres, ele pode ser útil para aquelas com risco elevado ou para monitorar a resposta ao tratamento em mulheres já diagnosticadas.
- Testes Genéticos
Mulheres com histórico familiar de câncer de ovário ou câncer de mama podem se beneficiar de testes genéticos para verificar mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentam o risco de câncer de ovário. A detecção precoce de mutações genéticas pode levar à realização de exames de imagem mais frequentes e até à adoção de medidas preventivas.
Tratamentos para o Câncer de Ovário
O tratamento do câncer de ovário depende do estágio em que a doença é diagnosticada e das características do tumor. As principais opções de tratamento incluem:
- Cirurgia
A cirurgia é o tratamento principal para a maioria dos casos de câncer de ovário. O procedimento geralmente envolve a remoção dos ovários, trompas de falópio, útero e, em alguns casos, tecido ao redor da área afetada para garantir que todo o câncer seja removido.
- Quimioterapia
A quimioterapia é comumente usada após a cirurgia para destruir quaisquer células cancerígenas restantes. Dependendo do estágio do câncer, a quimioterapia também pode ser administrada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor.
- Terapia Alvo
A terapia alvo é um tratamento mais recente que usa medicamentos para identificar e atacar células cancerígenas específicas, causando menos danos às células normais.
- Imunoterapia
A imunoterapia é uma abordagem que estimula o sistema imunológico da paciente a combater o câncer. Esse tratamento ainda está em fase de pesquisa para o câncer de ovário, mas pode ser uma opção em alguns casos.
Prevenção do Câncer de Ovário
Embora não seja possível prevenir completamente o câncer de ovário, algumas medidas podem reduzir o risco da doença, especialmente em mulheres com alto risco.
Medidas Preventivas:
- Uso de anticoncepcionais orais: Estudos mostram que o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais pode reduzir o risco de câncer de ovário.
- Gestação e amamentação: Mulheres que engravidam e amamentam têm um risco reduzido de desenvolver câncer de ovário.
- Cirurgias preventivas: Para mulheres com alto risco (como aquelas com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2), a remoção preventiva dos ovários e trompas de falópio pode reduzir significativamente o risco de câncer.
O acompanhamento médico regular e a atenção aos fatores de risco são essenciais para detectar qualquer anormalidade o mais cedo possível.
O câncer de ovário pode ser uma doença silenciosa, mas ao conhecer seus fatores de risco e sintomas, você pode tomar medidas preventivas e procurar o diagnóstico precoce. A Dra. Vivian Gumy oferece um acompanhamento completo para mulheres em todas as fases da vida, com exames especializados e orientação personalizada para cuidar da saúde ginecológica.
Se você tem histórico familiar de câncer ou está preocupada com seus riscos, agende uma consulta para discutir as opções de rastreamento e prevenção. Cuidar da sua saúde é o primeiro passo para prevenir complicações graves.







